súbito particular

Quem nunca teve um pensamento extremamente louco, insano, algo súbito? Enquanto estava voltando da faculdade? Curso de idiomas? Casa da namorada? E esse súbito desapareceu assim como veio. Do nada. Atualmente ando com um caderninho na mão para anotar tudo que chega até minha mente. Anoto, edito e coloco aqui. Vê se pode uma coisa dessas.

Roberta, meu primeiro personagem.

Roberta nasceu em uma quinta-feira chuvosa por volta das nove e trinta e oito da manhã. O dia era cinza e o tempo estava frio, mas essa menina nasceu para ser feliz mesmo o dia não favorecendo. Aos três anos pintou a parede do seu quarto com lápis colorido. Sua mãe não gostou nada e mandou pintar tudo de verde. Roberta chorou por cinco minutos e olhou para o novo verde do seu quarto. Ela passou sua infância em uma selva cheia de aventuras.

No dia em que completou dezesseis anos, ela estava em um mercadinho perto de casa, e enquanto pegava um extrato de tomate para a sua mãe, ela avistou um belo rapaz. Foi o seu primeiro amor. Desde esse dia ela abria todas as latas de molho de tomate da casa e jogava fora só para sua mãe pedir para ela comprar mais. Roberta nunca soube o nome daquele rapaz, nunca mais o viu, nem sequer trocou um oi, entretanto, ela sabia que ele fora o seu primeiro amor. Depois disso insistiu que pintassem seu quarto de amarelo com tonalidades vermelhas. Ela viveu sua primeira decepção amorosa não correspondida.

Quando Roberta completou vinte e dois anos decidiu morar sozinha, alugou um apartamento e começou a reformar. Ela comprou tintas e pintou cada cômodo como quem pintava uma obra de arte. Depois que pintou o todo o apartamento Roberta chorou, chorou como nunca havia chorado. Ela agora tinha um lar. E está a procura de uma aventura igual a que viveu na sua infância e um amor como o que nunca viveu na adolescência.

Quando a consoante propôs um acordo com a vogal.

-Eu me recuso – disse a vogal irredutivelmente.
-Nós vamos nos dar bem dessa maneira – insistiu a consoante.

Depois de dias de meditação, a vogal finalmente decidiu se juntar com a consoante. A partir daí foi só alegria. Uma briga aqui e outra ali, mas sempre terminando bem, pois nasceram para ficar juntos. Foi bem mais que o acaso, era para acontecer.

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Estudante de Jornalismo, sonhador por natureza e Web Designer por acidente de percurso. Futuro assalariado, intercambista, e em um futuro não muito distante pretendo ouvir Nina Simone enquanto viajo num cruzeiro pelo litoral do meu Brasil (custa sonhar?).

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