Uma sexta-feira qualquer, um rapaz irritado, mais uma aula acabada. Um hit popular e extremamente estúpido não desgruda de sua mente. O que fazer? O ponto de ônibus está lotado e as pessoas esperam o transporte público para voltar aos seus lares. Muitos ali ainda não estão nem perto de descansar ao chegar ao aconchego do lar. Alguns precisam estudar mais, outros precisam finalizar algo, conversar com alguém querido, pensar no que vai comer no próximo dia de trabalho.
Uma lágrima quase escorre pela face cansada e extremamente irritada daquele rapaz, mas ele não gosta de chorar na frente das pessoas. Para ele isso é sinal de fraqueza. Quando chegou a sua casa (com a lágrima insistindo em cair) o menino finalmente chorou.
-O que aconteceu meu filho?
-Agora eu sei mãe. Às vezes é preciso chorar sem medo. (Ao dizer isso deitou na cama e dormiu sem se importar de chorar na frente de alguém)
-Menino doido. Você está trabalhando demais.
-Boa noite mãe.
Rapaz sortudo descobriu que chorar é o que faz a alma ficar leve, a tristeza passar mais rápido, curar as feridas (aquelas que passam despercebidas aos amigos, familiares, amores).
De um dia que quase nada deu certo
Marcadores: contos
No dia que Roberta escolheu
Lavando a louça acumulada há mais de uma semana, Roberta, começa a pensar sobre (o que ela chamou de viagem sem entorpecentes) como ser feliz.
Vai dia e vem noite
Em dias claros desejo a escuridão
Saí de meio dia e voltei às cinco
Não passeio mais escondida, solitária
Não vivo mais sem escolher meu próprio roteiro
Mais uma vez eu saí ao meio dia e voltei às cinco
Vadia durante o dia e trabalha nas noites que deveriam ser de sono
Algum dia alguém vai entender que para ser feliz não é necessário amar
Muito menos viver intensamente
Felicidade é escolha e escolher não é fácil
-Roberta escolheu a dela.
Mais uma de Joaquim
Mais um dia, mais uma noite, mais horas perdidas. O que fazer? O que desejo? O que é o amor? Divagando entre essas e outras questões, Joaquim, decide fazer o que era pra ter feito há muito tempo. Amar sem medidas. Ele não se importará mais com amores passados, entretanto, lembrará com carinho dos amores que ele viveu. Aceitar como a vida (ou seria nós mesmos?) nos prega peças. Por vezes engraçadas, outras bastante dolorosas, porém sempre valiosas.
O primeiro amor que Joaquim teve foi um pouco estranho, ele achava a sua namorada era um extraterrestre e por causa disso terminou o relacionamento. Sua segunda namorada ele não sabia qual era a origem dela (de onde veio, para onde vai) e novamente acabou mais um namoro que podia ter dado certo. A terceira namorada de Joaquim era um tanto quanto esquisita. Falava com uma voz grave, discutia futebol e às vezes olhava pro decote de outras meninas. Mais uma vez Joaquim deixou o que poderia ter sido uma grande história de amor para ficar sozinho e tentar achar o par ideal.
Os anos estão passando e Joaquim continua a procurar, ou pelo menos estava. Atualmente ele está começando um relacionamento e não está nem aí para quem seja o seu amor. Ele está simplesmente tentando amar. E amar não é uma tarefa fácil. Joaquim aprendeu teve que aprender isso depois de levar muita tapa. O pontapé inicial foi dado: Joaquim quer amar e dessa vez os amores passados ficaram no passado, os amores futuros ele não sabe e os amores presentes ele amará como se fosse o último.
Marcadores: histórias